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Domingo, 20.09.15
«comenda de fogo»: reler a propósito das diferenças entre portugal e o brasil
Quando estive no Brasil em 2008 na Festa do Livro do Ceará (Fortaleza) tive a noção clara e explícita do nada que o grupo de autores portugueses representava no conjunto de convidados. Andando eu à nora na cidade universitária de Fortaleza (moderador, debatedor e palestrante) percebi que os rapazes finalistas de Letras colocados à frente dos convidados para lhes indicarem as salas naquele emaranhado de edifícios, só falavam castelhano e eu tinha que acompanhar. Quando os jogadores brasileiros de futebol chegam ao aeroporto da Portela, costumam dizer que estão em Portugal mas o seu destino é a Europa. Ainda agora vi na TV o Ramires que veio para o SLB e depois seguiu para o Chelsea. Não é apenas ignorância em geografia, é um desdém acentuado por um país que já foi grande e rico e hoje é pobre e pequeno. O livro de Eduardo Pitta («Comenda de Fogo») é uma recolha de 2001 da coluna «O som & o sentido» da Revista Ler entre 1994 e 2001. Na página 26 lê-se uma referência ao livro «Palavra de Poeta-Portugal» de Denira Rozário. Embora anuncie que no volume estão «os maiores poetas portugueses de hoje», surgem apenas 24 autores com as datas de nascimento entre 1906 e 1962: António Gedeão, Sophia de Melo Breyner Andresen, Eugénio de Andrade, Egito Gonçalves, Natália Correia, António Ramos Rosa, David Mourão-Ferreira, Fernando Guimarães, Ana Hatherly, Maria Alberta Menéres, Albano Martins, E.M. Melo e Castro, António Osório, Pedro Tamen, Fiama Hasse Pais Brandão, Casimiro de Brito, Al Berto, Nuno Júdice, Rosa Alice Branco, José Jorge Letria, Luís Miguel Nava, Fernando Pinto do Amaral, Adília Lopes e Paulo Teixeira. Como muito bem explica Eduardo Pitta esta «é uma escolha como qualquer outra». Dito de outra maneira: só com os ausentes já era possível fazer outra antologia: José Blanc de Portugal, Mário Cesariny, Alberto de Lacerda, Fernando Echevarría, Herberto Helder, Rui Knopfli, João Pedro Grabato Dias, Helder Macedo, M.S. Lourenço, Maria Teresa Horta, Fernando Assis Pacheco, Armando Silva Carvalho, António Barahona, Gastão Cruz, Fátima Maldonado, Vasco Graça Moura, João Miguel Fernandes Jorge, António Franco Alexandre, Joaquim Manuel Magalhães, José Agostinho Baptista, Helder Moura Pereira, Luís Filipe Castro Mendes, Isabel de Sá e Gil de Carvalho. A distância e o alheamento entre a realidade cultural dos dois países está na página 157 do livro de Denira Rozário que refere o nome civil de Maria Alberta Menéres Melo e Castro como nome literário. Além de Jorge de Sena surgir como Jorge Serra, Herberto Helder como Herbert e Luís Filipe Castro Mendes como Luiz Felipe Mendes Castro. Enfim as coisas são como são e isto nada tem a ver com o aborto ortográfico. --
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José do Carmo Francisco
às 19:18
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