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Transporte Sentimental



Quinta-feira, 30.04.15

antónio rebordão navarro, joel serrão, anabela almeida e francisco fanhais num país de analfabetos

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As notícias sobre ARN (1933-2015) integram uma série de erros. Começam pela idade pois o escritor morreu com 81 e não com 82 anos. Segundo aspecto é não referirem as canções cantadas por Francisco Fanhais sendo conhecida a que começa «Elas andam de eléctrico ou talvez de autocarro». Terceiro aspecto é a atribuição da autoria da edição das «Cartas de Fernando Pessoa a Armando Côrtes-Rodrigues» em 1945 a ARN quando foi Joel Serrão que organizou essa correspondência. Não é preciso ser especialista como Anabela Almeida para saber. Eu sei. Quarto assunto tem a ver com a atribuição exclusiva da autoria do livro «Poetas escolhem Poetas» que foi organizado por Orlando Neves e ARN e publicado pela Editora Lello que também editou as crónicas de ARN («Estados Gerais») e livros de Orlando Neves sobre as origens das frases feitas. A prova de que Portugal é um país de analfabetos é que, além dos erros, as notícias necrológicas como esta deveriam incluir outras vertentes informativas. O livro «O parque dos lagartos» é sobre Alcoitão e tem a ver com a experiência pessoal e dolorosa vivida por ARN quando um condutor alcoolizado fez a viatura subir um passeio numa rua do Porto e resultou o esmagamento de uma perna do escritor. Daí o uso de uma prótese. A companhia de seguros do condutor argumentou que uma perna não fazia muita falta a um escritor. Grave e sinistro é que as alegações foram feitas por um ex-colega de carteira num colégio do Porto. Já agora lembrar que um dos mais premiados livros de ARN é «A praça de Liége», prémio Círculo de Leitores. Enfim: as notícias sobre ARN integram os erros repetidos por vários jornais e não incluem as coisas importantes. E lembrar-me eu do que o ARN em Vila Viçosa sofreu com um erro – escreveram Dick em vez de Dirk e Bogart em vez de Bogarde. --

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por José do Carmo Francisco às 11:18


1 comentário

De Joaquim Nascimento a 30.04.2015 às 14:13

Oh Poeta, dê-nos o Modesto, o António, fique com este Rebordão, tão da Foz, da Constituição, do Castelo do Queijo, tão da Praça de Liège, como o primo dele que se foi depois de traduzir o Inferno.
O nosso é do Douro, sabe da poda, sabe da raia, cheira-me a que fez contrabando, que foi passador e contrabandista, primo de uma amiga minha que não me importava, etc.
Um abraço, poeta.
Joaquim

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