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Transporte Sentimental



Quarta-feira, 24.10.12

outras leituras de 2007

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«Estação Ardente» de Júlio Conrado

Pode parecer um lugar comum mas assumimos hoje como ontem a ideia de que «toda
a literatura é uma homenagem à literatura». Nesta caso o livro «Estação
Ardente» que venceu o Prémio Vergílio Ferreira de 2006 é, sem dúvida, até pelo
seu subtítulo (Novas cartas a Sandra) uma homenagem a Sandra, a inesquecível
personagem do romance «Para sempre» de Vergílio Ferreira. O livro organiza-se
através de 31 cartas a Sandra. Como esta de 20 de Agosto de 2005: «Aceito e
compreendo que não queiras viver de recordações. Mas estás condenada a ter de
conviver com as nossas, porque não deixarei que te livres delas (e de mim)
facilmente, agora que descobri o modo de te recuperar pelo menos a alma,
escrevendo-te e reescrevendo-te de coração aberto, sem aquele travo agridoce
tão censurado por ti noutras ocasiões. Ah, sim, vais ter de me suportar até ao
fim visto eu possuir a chave de também te ter sem necessidade de te pedir
licença. Embora esta presentificação do passado através destas palavras já não
alinhadas ao correr da pena mas ao correr do teclado, não me baste. Quero mais.
Quero-te agora. Toda. Já reparaste que estou esforçar-me por isso? Que aspiro a
um epílogo em beleza para esta fabulosa história de amor? Creio, talvez, no
impossível.» Um posfácio e uma dissertação intitulada «atribulações de um
narrador intrometido» completam esta homenagem à escrita de Vergílio Ferreira,
meio expedito escolhido pelo autor de «Estação Ardente» para fazer uma
homenagem à memória do amor.
(Editora – Campo da Comunicação, Capa – Duarte Pita Camacho, Apoio
– Câmara Municipal de Gouveia)
José do Carmo Francisco
--

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por José do Carmo Francisco às 15:45



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