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Transporte Sentimental



Terça-feira, 04.10.16

«sílvio guardador de ventos» de francisco duarte mangas/madalena moniz

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Este livro sucede na obra de Francisco Duarte Mangas à «Palavraria» e justifica que a autoria seja repartida entre o texto e a ilustração porque há uma integração total das duas e os desenhos também contam (à sua maneira) uma história. A história de Sílvio é a história de um menino que entra em diálogo com a sua mãe a partir de um desejo repetido várias vezes: «Quando for grande quero…». Primeiro o menino quer guardar o sol, depois quer guardar a chuva, a seguir deseja ser guarda-florestal, segue-se a profissão de guarda-fios, depois deriva para o lugar de guarda-redes numa equipa de futebol, segue-se a profissão de guarda-rios, depois é guarda-costas que quer ser, segue-se guardador de ventos, guarda-jóias e guardador de medos. Por fim, depois de tantas sugestões, Sílvio será guardador de palavras porque é essa a sugestão final da mãe: «O teu destino é guardar as palavras – diz a mãe». E Sílvio responde: «Limpo o musgo das palavras sombrias, afago ternura nas desavindas. Água fresca dou às palavras mais velozes e agasalho às que se perderam na noite.» «Muito bem, Sílvio! E serás uma autoridade – diz a mãe». (Edição: Editorial Caminho, Grupo Leya) --

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por José do Carmo Francisco às 17:16

Terça-feira, 04.10.16

luisão, com a mão e de empurrão - contra o scp é tudo a mesma coisa

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Em Itália chamam presunto ao fiambre. Isto aprendi eu em Setembro de 1998 quando no Estádio do Bolonha comi ao lado do senhor Pierluigi Collina e dos três árbitros belgas do jogo uma sanduíche de pão com fiambre e bebi uma taça de vinho branco fresco. O árbitro italiano que nasceu no mesmo dia (13 de Fevereiro) embora seja mais novo do que eu, industriou os belgas para não mostrarem cartões amarelos aos jogadores do clube italiano mas eles foram mais longe e além de influentes foram decisivos: transformaram o resultado de 1-0 para o SCP em 2-1 para o Bolonha que é a cidade natal do dito cujo senhor árbitro. Para a desgraça ser completa Facundo Quiroga lesionou-se com gravidade perto do final e, na sala de imprensa, os jornalistas italianos começaram a fazer perguntas ao treinador Mazonne e ao jogador Inzaghi sobre o próximo jogo do seu campeonato como se aquela conferência de imprensa não fosse sobre aquele jogo da Taça UEFA que tinha acabado há minutos. A intervenção de Jorge Carvalho (jornalista português a viver em Bolonha) lá remediou os estragos até porque os jornalistas portugueses tinham que jantar no hotel e apanhar o avião para Lisboa. Lembrei-me disto quando vi um zarolho na televisão a papaguear uma estatística e a dizer: «Os leões sofreram dez golos em quatro jogos». É verdade mas o décimo golo foi precedido de empurrão tal como o do Paços de Ferreira em Alvalade foi com a mão e o do Benfica na Luz foi em falta sobre Ricardo. Luisão, mão e empurrão são três golos falsos com a nota coincidente de serem todos brasileiros. Por acaso ou talvez não. É uma rima sinistra esta de Luisão, mão e empurrão mas é o que existe neste futebol português que eu acompanhei de 1988 a 2006 mas não dou mais para esse peditório; acabou. --

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por José do Carmo Francisco às 08:52


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