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Transporte Sentimental



Quarta-feira, 04.05.16

«margarida marante» de maria joão martins

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Não será por acaso que esta biografia de Margarida Marante (1959-2012) assinada por Maria João Martins (n.1967) não se limita à cronologia e abre com o enquadramento nacional e internacional do respectivo tempo: Fulgêncio Baptista e Fidel Castro em Cuba, Salazar e Américo Tomás em Portugal, António Botto no Rio de Janeiro. Muito menina, na sua casa do Bairro São João de Brito já Margarida Marante viva a duas velocidades: por um lado «uma curiosidade inesgotável pelo mundo em mudança», por outro lado a calma dos Natais da infância: «uma noite mágica, a casa cheia de tios, primos e avó que enchiam o meu universo de filha única.» Entre a Cidade e o Campo, Margarida Marante é uma «boa aluna» no Liceu Rainha D. Leonor e passa os Verões desse tempo em Rio Maior. Mais tarde irá passar fins-de- semana no Alentejo, perto do cheiro da terra, entre animais e plantas: «um luxo de liberdade». Margarida Marante começou a trabalhar cedo, com 18 anos em 1976, no semanário «Tempo» e com 19 anos já estava na RTP: «nunca se intimidou perante políticos com a experiência de vida de Álvaro Cunhal ou Mário Soares que, por sua vez, sempre a respeitaram.» Nas suas palavras o dia 4-2-86 ficou marcado: «O melhor momento da minha carreira terá sido por ocasião dos debates com os candidatos presidenciais de 1986. Percebi logo que o Dr. Mário Soares ia ganhar.»
Entretanto tinha casado em 1-12-84 com Henrique Granadeiro e desse casamento nasceram três filhos: «Henrique em 1987, Catarina em 1989 e Joana em 1993.» Catarina recorda a mãe nestas palavras: «era ela que nos forrava os manuais escolares e quem nos acompanhava todos os sábados à piscina do Colégio dos Salesianos.» Entretanto em 7-8-98 Margarida casa com Emídio Rangel e «na companhia de Rangel, inicia-se no consumo de drogas, tornando-se dependente da cocaína». Nada que altere o que afirma ao «Correio da Manhã» em 2010: «As minhas características não se esfumaram. Continuo a ser uma mulher combativa». E só perdeu o último combate porque «todas as horas nos ferem e só a última mata» - como diz o provérbio. Tal como se inicia, o livro encerra com o enquadramento nacional e internacional do tempo em Outubro de 2012: «Vítor Gaspar anuncia um brutal aumento de impostos em Portugal, Barack Obama discute com Mitt Romney as presidenciais do mês seguinte». (Editora: Livros Horizonte, Capa: C&P Design, Foto capa: Acácio Franco, Foto autora: Cristóvão, Revisão: Carmen Saraiva) --

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por José do Carmo Francisco às 12:32


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