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Terça-feira, 14.04.15
«dona berta de bissau» de josé ceitil
Depois de um ensaio, de uma novela e da memória dos 90 anos de Os Belenenses, José Ceitil (n. 1947) surge com um livro sobre esta personagem da Guiné-Bissau e do Mundo que o autor conheceu através da sua filha Marta Ceitil. Além do contacto pessoal e das conversas com as sobrinhas de Dona Berta (Céu e Zezinha) e da irmã (D. Georgina), o autor convidou a depor neste volume trinta pessoas dos mais diversos extractos sociais e nacionalidades. Mário Beja Santos, por exemplo, recorda o seu casamento em 1970 na Guiné e um regresso em 1991: «Quando ali aterrei tanto podia almoçar com holandeses ligados a projectos de saneamento de água em Canchungo como peritos do Banco de Investimentos de África, como jantar com os portugueses da Medicina Tropical ou italianos do Fundo Monetário Internacional». Da «ajuda internacional» não ficou muita coisa: «os tinteiros sem tinta, os cadernos de pauta sem todas as linhas, as caixas de aguarelas incompletas em cores, as bolachas que se desfaziam na mão eram exemplos da forma como a Guiné-Bissau era tratada pelos amigos internacionalistas na fase em que precisava de ajuda a sério». Depois de alguém lhe recordar que em dez anos o país já teve seis presidentes da República, onze primeiros-ministros e quatro chefes das Foças Armadas, Dona Berta afirma o seguinte sobre a situação na Guiné-Bissau: «Desde que a democracia chegou o país nunca mais teve sossego e estabilidade. Não quero uma ditadura mas esta democracia que querem fazer aqui não tem nada a ver com a Guiné. As pessoas ainda não estão preparadas para isso. É preciso adaptar a democracia ao que é a Guiné-Bissau. Caso contrário não funciona». A casa de Dona Berta era uma pensão mas «aquela pensão era mais uma casa de família do que uma pensão» segundo o bispo de Bafatá. E havia na voz de Dona Berta um fio de esperança: «Vai haver paz. Se os homens se entenderem… Sabe, um pão divide-se por quatro pessoas. Agora se for só para um…não está bem! As pessoas têm saudades da paz. Deus vai ajudar este povo. Que é um povo bom, pacífico. Talvez tenha futuro mas é preciso perdoar o que já passou». (Editora: Âncora, Capa: Sofia Ferreira de Lima, Prefácio: Marta Jorge) --
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por
José do Carmo Francisco
às 16:28
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