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Transporte Sentimental



Quarta-feira, 08.04.15

o hino «veni creator spiritus» ou «vem, espírito santo»

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Parece que o cónego António Rego não faz nada de importante logo de manhã sem ouvir primeiro o hino «veni creator spiritus» que coloca no leitor de CDs do seu automóvel. Hoje ouvi e vi no canal «Music Tv» um «video clip» com a música e a letra do hino do Espírito Santo em latim e senti algo parecido com um complexo vitamínico na alma. Ou pelo menos no ânimo. Ou pelo menos no espírito. E bem precisava porque hoje levantei-me cedo, apanhei uma chuva cinzenta em Lisboa, atravessei com a minha mulher a Estremadura até Caldas da Rainha, tratei de uma série de assuntos na minha terra (Santa Catarina), almocei nas Cruzes e trouxe o meu pai que faz amanhã 88 anos para o levar ao Hospital de Santa Maria onde lhe recolheram sangue para análises. Paguei 8 euros das análises de hoje mais os 8 euros esquecidos das análises de Outubro de 2014 e, porque a sua isenção é apenas na área da Diabetologia, sei que amanhã a consulta vai ter um preço parecido com os 8 euros de hoje. O computador não falha tal como não tem falhado este «sistema» de acabar com as consultas de Urologia no Hospital das Caldas da Rainha fazendo com que pessoas de Alcobaça e da Nazaré aqui sejam convocadas para o Hospital de Santa Maria. É complicado gerir estas coisas, a revolta é grande, para poupar uns euros ao Ministério da Saúde a família do meu pai (como as outras, afinal) mobiliza-se e dá cama, mesa e roupa lavada por uma noite a este utente do SNS. Se não fosse o hino do Espírito Santo eu desistia. Mas não; as palavras são o melhor lubrificante para o motor da minha alma. Assim: «Vem, Espírito Santo / E da tua luz celeste / Soltando raios piedosos / Nosso ânimos reveste./ Pai carinhoso dos pobres / Distribuidor da riqueza / Vem ó luz dos corações / Amparar a natureza.» O hino continua mas o espaço acaba. --

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por José do Carmo Francisco às 20:43

Quarta-feira, 08.04.15

«episódios da monarquia portuguesa» de joão paulo oliveira costa

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Depois da «Cronologia da Monarquia Portuguesa» surge na mesma editora este «Episódios da Monarquia Portuguesa» e, com o título indica, este volume de 413 páginas é um muito completo inventário de situações e momentos da História de Portugal. Dois dos menos conhecidos são o terramoto de 1531 e a morte de D. Teodósio em 1563. Em 1531 a cidade de Lisboa tinha cem mil habitantes, a quarta parte das casas foi afectada e dez por cento delas ruiu. O desastre foi registado na «Miscelânea« de Garcia de Resende: «Todos com medo que haviam / deixaram as casas, fazendas / nos campos em praças dormiam / em tendilhões e em tendas / casas de ramas faziam / as mais das noites velando / temendo e receando / porque temor não cessava / a gente pasmada andava / com medo, morte esperando». Ligada a esta situação do terramoto de Lisboa está a morte de D. Teodósio, 5º Duque de Bragança em 20-9-1563. Figura discreta, D. Teodósio não foi à guerra como seu pai D. Jaime (Azamor) ou como seu meio-irmão D. Constantino (Damão) mas conviveu com D. João III em Évora quando a corte se deslocou para esta cidade do Alentejo após o terramoto de 1531. Este homem singular tinha o sonho de fundar uma Universidade em Vila Viçosa e era dono da maior biblioteca portuguesa e uma das maiores bibliotecas da Europa do seu tempo com mais de dois mil volumes. Além de jóias, tapeçarias, pinturas, esculturas e mobiliário que tinha no Paço Ducal de Vila Viçosa, o seu gosto pela música perdurou até ao seu bisneto, o 8º Duque de Bragança, mais tarde D. João IV de Portugal. (Editora: Círculo de Leitores, Design: Carlos Correia) --

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por José do Carmo Francisco às 17:12


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