Saltar para:
Posts [1]
,
Pesquisa e Arquivos [2]
Transporte Sentimental
navegação
« dia anterior
início
dia seguinte »
Segunda-feira, 06.04.15
manuel simões «outras margens»
Manuel G. Simões (n.1933) é poeta, tradutor, organizador de antologias, professor (Lisboa, Bari, Veneza), editor (Nova Realidade) mas também ensaísta. Como neste livro recente e no anterior «Tempo com espectador – Ensaios de Literatura Portuguesa) de 2011. Ligado a duas importantes revistas culturais - «Vértice» (1967-1969) e «Ressegna Iberística» (1978-2012), a faceta de hábil divulgador surge na sua plenitude neste volume sobre as obras de Jorge Amado, Adonias Filho, Jorge de Lima, João Cabral de Melo Neto, Carlos Drummond de andrade, Clarice Lispector, Agostinho Neto, Luandino Vieira, Costa Andrade, José Craveirinha e a literatura de Cabo Verde: «A literatura cabo-verdiana não é insensível ao problema da seca, sendo este um dos epifenómenos mais influentes no tecido social do arquipélago. Anos houve em que morreu por vezes de 10 a 30 por cento da população, devido às frequentes estiagens, provocando a carência de géneros básicos como o milho, o feijão, a mandioca, a batata-doce e a forragem para o gado». Em relação à literatura nordestina Manuel G. Simões refere: «A seca impôs três destinos, três saídas para o Nordestino: ou se lança no crime e se torna cangaceiro, ou emigra pacificamente (o chamado retirante) ou então procura em práticas supersticiosas (misticismo) aplacar a fúria de Deus e termina matando em nome de Deus». Uma breve nota para destacar o texto de MGS sobre Carlos Drummond de Andrade, a relação entre memória e escrita, entre vida e poesia. Por um lado em «A rosa do Povo» o poeta avisa («Não faças versos sobre acontecimentos») mas já em «Sentimento do Mundo» afirma: «Tive ouro, tive gado, tive fazendas / Hoje sou funcionário público / Itabira é apenas uma fotografia na parede / Mas como dói!». O poeta é o que diz - «Não sei fazer visita / e dizer as amenas / frases que toda a gente / traz no bolso da calça» - mas também o que pergunta: «E agora, José? / A festa acabou / a luz apagou / o povo sumiu / a noite esfriou / e agora, José?». Livro de quatro países, dois continentes e várias vozes, este volume de MGS é um irresistível convite à leitura. (Editora: Edições Colibri, Editor: Fernando Mão de Ferro) --
Autoria e outros dados (tags, etc)
por
José do Carmo Francisco
às 10:30
link do post
comentar
favorito
navegação
« dia anterior
início
dia seguinte »
Mais sobre mim
ver perfil
seguir perfil
13
seguidores
Pesquisar
Pesquisar no Blog
pesquisar
calendário
Abril 2015
D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
« Mar
Mai »
Posts mais comentados
lisboa «cool» - jornalist...
(9)
cristiano ronaldo vingou ...
(7)
J.H.Santos Barros e Ivone...
(6)
o gonçalo, chefe de redac...
(6)
à maneira de fernando alv...
(5)
Arquivo
2017
Fevereiro
Janeiro
2016
Dezembro
Novembro
Outubro
Setembro
Agosto
Julho
Junho
Maio
Abril
Março
Fevereiro
Janeiro
2015
Dezembro
Novembro
Outubro
Setembro
Agosto
Julho
Junho
Maio
Abril
Março
Fevereiro
Janeiro
2014
Dezembro
Novembro
Outubro
Setembro
Agosto
Julho
Junho
Maio
Abril
Março
Fevereiro
Janeiro
2013
Dezembro
Novembro
Outubro
Setembro
Agosto
Julho
Junho
Maio
Abril
Março
Fevereiro
Janeiro
2012
Dezembro
Novembro
Outubro
Setembro
Agosto
Julho