Saltar para:
Posts [1]
,
Pesquisa e Arquivos [2]
Transporte Sentimental
navegação
« dia anterior
início
dia seguinte »
Quinta-feira, 16.10.14
«canta, amigo, canta» de joão carlos callixto
João Carlos Callixto (n.1977) assinou em 2005 o livro «Na terra dos sonhos» sobre a obra de Jorge Palma e é um dos autores da série documental de 26 episódios na RTP «Estranha forma de vida/Uma história da música popular portuguesa». Colaborou na «Enciclopédia da Música em Portugal no século XX», sendo responsável pela pesquisa discográfica. «Nova canção portuguesa (1960-1974)», sendo o subtítulo deste trabalho pioneiro de cuidadoso inventário, sugere que a organização do livro é cronológica mas trata-se de um «Dicionário» de cantores e grupos de A a Z. Um trabalho deste género está sujeito a critérios: por exemplo na página 13 se explica a ausência de Luiz Goes e António Bernardino («renovadores da canção coimbrã») mas na página 192 Germano Rocha é apresentado como «divulgador das novas baladas coimbrãs». Outro aspecto insólito no critério de escolha tem a ver com a não presença da obra de José Cid que o autor do livro justifica com a sua «matriz rock» ou de Luís Rêgo só porque gravou no estrangeiro. De qualquer modo este livro de 239 páginas constitui-se como um seguríssimo, vasto e (quase) completo inventário da música popular portuguesa entre 1960 e 1974. Ou seja – entre a «Balada do Outono» cantada por José Afonso a «E depois do adeus» cantada por Paulo de Carvalho. Além dos dados biográficos de cada cantor/a, o livro inclui fotos das capas dos discos (EP e LP) bem como os seus dados técnicos como data, editora, produção, técnico de som e estúdio de gravação. Um ponto muito importante neste livro é a identificação dos autores das letras e das músicas. No caso de Paco Bandeira na página 34 se explica que «Vamos cantar de pé» tem poema de Fernando Grade e música de Pedro Osório. Esta canção só não ganhou o primeiro prémio do Festival da RTP 1972 porque o autor da letra não quis suprimir um dos versos da canção, tal como sugerido pelo Dr. Oliveira Martins a Pedro Osório. Os versos em causa («gaivotas mortas no convés») eram uma alusão aos caixões de pinho com os soldados mortos na Guerra Colonial. A resposta do poeta («Não tiro uma palavra!») motivou o segundo lugar para uma canção cuja vida foi atribulada desde o início: Paulo de Carvalho não aceitou o convite dos autores, zangado com o júri do ano anterior e um jovem português residente em Paris veio prestar provas mas não foi aceite pela Valentim da Carvalho. Paco Bandeira foi a terceira hipótese. Mas isso já seriam outras histórias, outros caminhos, outras veredas. Como é o nome civil (Francisco Veredas) do intérprete de «Vamos cantar de pé», segundo classificado em 1972 no Festival da RTP porque a tímida «primavera marcelista» só aceitava alguns e não estava aberta a todos. (Editora: Âncora, Capa: Sofia Travassos Diogo, Prefácio: Rui Pato, Apoio: Sociedade Portuguesa de Autores e Antena 1) --
Autoria e outros dados (tags, etc)
por
José do Carmo Francisco
às 11:05
link do post
comentar
favorito
navegação
« dia anterior
início
dia seguinte »
Mais sobre mim
ver perfil
seguir perfil
13
seguidores
Pesquisar
Pesquisar no Blog
pesquisar
calendário
Outubro 2014
D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
« Set
Nov »
Posts mais comentados
lisboa «cool» - jornalist...
(9)
cristiano ronaldo vingou ...
(7)
J.H.Santos Barros e Ivone...
(6)
o gonçalo, chefe de redac...
(6)
à maneira de fernando alv...
(5)
Arquivo
2017
Fevereiro
Janeiro
2016
Dezembro
Novembro
Outubro
Setembro
Agosto
Julho
Junho
Maio
Abril
Março
Fevereiro
Janeiro
2015
Dezembro
Novembro
Outubro
Setembro
Agosto
Julho
Junho
Maio
Abril
Março
Fevereiro
Janeiro
2014
Dezembro
Novembro
Outubro
Setembro
Agosto
Julho
Junho
Maio
Abril
Março
Fevereiro
Janeiro
2013
Dezembro
Novembro
Outubro
Setembro
Agosto
Julho
Junho
Maio
Abril
Março
Fevereiro
Janeiro
2012
Dezembro
Novembro
Outubro
Setembro
Agosto
Julho