Quinta-feira, 14.08.14
No passado dia 14-3-2014 publiquei na «Gazeta das Caldas» uma nota sobre o livro «Por esses calhabardais», um dicionário coordenado por Bernardino Páscoa. Hoje tomei um café com o meu amigo Manuel Sequeira e minutos antes tinha descoberto o livro «Discursos Fotográficos» de Gérard Castello Lopes e José Manuel Rodrigues, editado pela Câmara Municipal de Évora em 2001. Este livro junta a «paisagem» e o «ovoamento» da minha muito amada cidade de Évora onde vivi de 1972 a 1974 na Rua dos Mercadores nº 68, perto da Praça do Giraldo. Manuel Sequeira e Bernardino Páscoa são ambos naturais dos Montes da Senhora, freguesia do concelho de Proença-a-Nova e só hoje fiz a ligação entre o livro que o meu amigo Sequeira me ofereceu em tempos e o livro que a minha filha Marta não pôde levar para a Austrália quando teve que partir em busca de melhor vida. Bernardino Páscoa está presente como uma das figuras de Évora que o fotógrafo Gérard Castello Lopes selecionou; lá estão também os dois Cutileiros (João e José), o pintor Charrua, o encenador Mário Barradas, os dois irmãos Fialho do célebre Restaurante. E muitos outros. Minha filha Marta lá viveu e estudou entre 2003 e 2008 tendo saído para Lisboa com o curso de Arquitetura Paisagista. Em Sydney viria a concluir uma pós-graduação em Urbanismo e lá trabalha. Hoje Évora é sobretudo saudade. Saudade de um tempo interior só meu, cheio de medos e terrores, uma melancolia que «pastei» pelos cafés daquele tempo – o Arcada, o Portugal, o Estrela. Um tempo (1972-1974) de jornais, livros e discos, de poemas manuscritos ainda à procura do exacto dizer que só muitos anos depois (1978) pude descobrir e praticar. A propósito de livros e de poemas – estamos à espera de ver sair um livro novo da gaveta quase infinita de Bernardino Páscoa. --
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por José do Carmo Francisco às 19:45
Quarta-feira, 13.08.14
Depois de «Leituras de José Marmelo e Silva», Ernesto Rodrigues edita neste volume de 144 páginas as 21 entrevistas concedidas a jornais e revistas entre 1943 e 1987 por José Marmelo e Silva (1911-1991). Um centenário pode servir para homenagens municipais mas também para revisitar um autor e uma obra; as palavras deste livro são uma boa oportunidade. Numa entrevista de 1968 afirma José Marmelo e Silva: «Escrevo porque vivo e quero merecer a minha dignidade humana. Essa dignidade alcança-se criando. Criar é a melhor forma de agir». Sobre o seu trabalho de escritor, responde em 1965: «Sou contra toda a espécie de rotina, nomeadamente, a de escrever assiduamente. Não aceito a arte como um ofício.» As condições da chamada vida literária são assim comentadas em 1943: «Grandes inimigos são o êxito fácil e a pressa de chegar. Os camaradas de café, as luminárias do editor, a crítica inconsciente, quando não abusiva, e fumos semelhantes, embotam a ânsia e a límpida alegria do aperfeiçoamento. Em suma: esquecemo-nos de que triunfo e êxito não são a mesma coisa. O êxito é agradável mas o que vale é o triunfo, ainda que se espere um século». Por fim um exemplo de uma entrevista de 1948: «O descrédito do livro português é a sequência lógica da má orientação editorial e cultural dos últimos anos. Em tempo de paz, éramos um país literariamente ocupado pela França; em tempo de guerra fomos constantemente invadidos pelo lado do mar…» (Editora: Centro de Estudos José Marmelo e Silva, Edição: Ernesto Rodrigues) --
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por José do Carmo Francisco às 09:21
Terça-feira, 12.08.14
Praticante da crónica desde 1989, Joel Neto (n.1974) junta neste livro 60 textos publicados em revistas e jornais com a expressa indicação do tempo e do ritmo musical de cada uma – adagio, presto, allegro ou staccato. Nas crónicas fala de si («tenho a oportunidade de dedicar-me a estes híbridos entre jornalismo e literatura sem deixar a conta do gás por pagar») mas também do seu bairro devastado pelas garrafas partidas no chão e pela urina nas portas dos automóveis: «Metade do encanto da noite perdeu-se no dia em que os rapazes passaram a beber cerveja de litro e as raparigas a trazer na mão um vasilhame de Água do Luso com uma mistela escura lá dentro». Fala do seu passado e do avô José Guilherme («comia sopas de leite, bebia café puro e cheirava rapé») mas também de Lisboa («O coração de uma grande cidade, mesmo de uma cidade menos-do-que-grande como é Lisboa, bate de forma diferente») e do Mundo em geral: «Foi nos anos 80 que se mundializou a democracia e nasceram os computadores, que pela primeira vez olhámos para o imperativo de deixar de fumar e a necessidade de proteger o planeta». Fala do amor («Um homem pode ser infiel à sua mulher e, no entanto, amá-la eterna e incondicionalmente. Uma mulher infiel simplesmente já não ama o seu marido») mas também do Acordo Ortográfico: «Há palavras que se escrevem de uma maneira no inglês da Inglaterra, de outra no inglês da América e de outra ainda no inglês da Austrália – e nem por isso o inglês perde força.» Fala do problema do «espaço» («Um restaurante, uma livraria ou um bar passaram a ser espaços de degustação, de cultura e de design, bom gosto e música assim-assim») e conclui a lembrar Torcato Sepúlveda, juntando de novo o que a morte separou: «era como uma criança, tinha medo de médicos, de agulhas, de três meses num hospital a comer sopas e a fazer tratamentos até, enfim, encontrara a morte – e por isso varreu os sintomas para debaixo do tapete até o próprio tapete começar a ter sintomas.» (Editora: Porto Editora, Capa: Manuel Pessoa) --
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por José do Carmo Francisco às 09:20
Segunda-feira, 11.08.14
Estou perto de Vila de Rei e acabo de ler numa publicação oficial que a albufeira do Castelo de Bode submergiu oito localidades. Mas nem os nomes das aldeias aparecem no texto. Parece que tudo foi esquecido agora que passam mais de sessenta anos sobre os factos. E os factos são que muita gente não aguentou a mudança, enlouqueceu e morreu passado algum tempo. Basta ver o tormento pessoal que constitui na vida de uma pessoa ter de mudar de casa na mesma cidade mesmo que a nova casa se situe na moderna malha urbana e tenha um autocarro a ligar as duas – a antiga e a actual. Vivi numa casa 37 anos e, de repente, sou obrigado a partir com armas e bagagens para outar casa distante 10 quilómetros da antiga. É doloroso mas trata-se de uma troca. No caso das pessoas que viviam nas oito localidades de Vila de Rei, perto das margens do Rio Zêzere, foi mais que doloroso, foi muito pior. As pessoas foram expulsas, foram obrigadas a deixar para trás as suas casas e as suas memórias, os seus objectos e a sua vida, as suas lareiras e os seus quartos de dormir. O tempo político dos anos 50 em Portugal era de chumbo. Quem procurasse reclamar tinha de imediato a ameaça da «ilha do sumiço», nome popular para o Tarrafal em Cabo Verde. De facto muitos portugueses lá morreram porque o médico do campo avisava «Vocês não estão aqui para viver mas sim para morrer». Era o «pântano da morte», aliás o título de um livro do jornalista Cândido de Oliveira. Não se pode comparar; uma pessoa em 2014 na cidade de Lisboa tem a vida em caixotes mas ainda tem os caixotes mas os das aldeias de 1950 em Vila de Rei tinham de sair depressa e procurar a vida noutro lugar mas longe do rio Zêzere onde não era possível repetir as condições de vida das aldeias iniciais. Por isso esta albufeira se encheu de lágrimas. --
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por José do Carmo Francisco às 18:17
Domingo, 03.08.14
A ficha técnica deste livro abre com a advertência: «Os Memoráveis é uma obra de ficção.» Ou seja: «Embora partindo de acontecimentos e personagens reais, trata-se de uma transfiguração literária e, como tal, deve ser considerada para todos os efeitos.» Toda a literatura engloba duas componentes: o sangue pisado e o estilo. Depois de «O dia dos prodígios» de 1980, Lídia Jorge (n.1946) utiliza uma curiosa técnica de abordagem à realidade do dia 25 de Abril de 1974. Neste livro a geografia da cidade de Lisboa mostra uma Avenida da Guerra Peninsular que não existe, uma Sampaio Pina por Sampaio e Pina, uma Rua da Boavista junto ao Quelhas, uma rua D. João V no lugar da rua D. Pedro V, uma Ópera em vez dum Teatro de São Carlos, os curros do Aljube na António Maria Cardoso, uma Rua que ora é da Misericórdia ora é do Mundo e a referência ao tostão já no tempo do Euro. O próprio título deriva do nome do restaurante Memories que nunca surge em itálico nem com o nome de Gambrinus. O uso das palavras, seu peso e sua grafia, mostram neste livro um sentido ora do arcaico ora do moderno: envelopes por sobrescritos, sua por vossa excelência, chefe Maior por chefe do Estado Maior, demais por de mais, aparatos por equipamentos, morraça por escória, oliva por azeitona, esgarrão por remoinho, aposentação por reforma, Pide por PIDE, faculdade por Faculdade, questões por perguntas, humanidade por Humanidade. Quanto ao sangue pisado temos um ponto de partida insólito: em 15-2-2004, 30 anos depois do 25 de Abril, uma cadeia americana de TV prepara um programa – «A História acordada» mas a escrita das andanças dessa reportagem só será concluída em 2010, seis anos depois. O convite para o trabalho jornalístico nasce do desmontar de uma impostura: «A Terra é plana e a História é redonda». Ao mesmo tempo outra mentira entra no discurso do antigo embaixador dor EUA em Portugal sobre a sensatez do Povo de Portugal que no fim de insultos e prisões não se mata entre si. Mas houver mortos à porta da PIDE em 25-4-1974. A reportagem começa com uma foto datada de 21-8-1975 e uma legenda em francês da mãe da jornalista «Tendo sido todos nous muito felices. E nous, lá estavamos». O tempo é o da Revolução: «Toda a revolução é uma grande alegria que anuncia uma grande tristeza». São cinco as perguntas feitas aos homens da foto: «Onde estavam? O que sentiram na altura? Que balanço fazem agora, passados trinta anos? Qual a melhor imagem que guardam de tudo o que aconteceu? E você mesmo, quanto ganhou com isso?».O trabalho da jornalista não é fácil («encontrar nas pedras da calçada o resto daquela metralha») na procura do resultado: «mais importante do que a verdade é a beleza». Nesta peregrinação surgem coincidências («são as impressões digitais de Deus nesta vida sem Deus») e inesperadas revelações: «o meu marido dizia que havia uma proporção entre o tempo que se passa sem liberdade e o tempo que se demora a aprender a viver em liberdade.» Em paralelo à reportagem com as figuras da foto de 21-8-1975, o pai de Ana Machado, que também é jornalista e está na fotografia com os protagonistas militares, vai-se retirando da vida. Deixa de escrever no seu jornal, deixa de pagar em casa as contas da água e da luz porque se sente exilado no seu país: queria Democracia e só tem eleições. (Editora: Dom Quixote, Capa: Rui Garrido, Foto: João Pedro Marnoto, Revisão: Clara Boléo) --
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por José do Carmo Francisco às 09:43
Sábado, 02.08.14
«A incidência da luz» de Graça Pires 21 anos depois da sua estreia com «Poemas» (1990) que foi Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores em 1988, Graça Pires (n. 1946) retoma algumas das linhas de força da sua poesia. Por um lado a Natureza no múltiplo olhar da mulher na luz do Mundo: «As paredes das casas com marcas de fumo / guardaram-lhes os gritos quando queimaram / as cartas de amor e o alecrim para afastarem / os fantasmas do passado parados à beira da insónia». Por outro lado a Cultura revendo o modo como a Arte lê a Vida e a Humanidade: Auden, Conrad, Van Gogh, Astor Piazzola, Kieslowski, Matisse, Thomas Mann, Gauguin e Bach. No intervalo que separa luz, vida e alegria de luto, culpa e solidão, o poema inscreve no seu articulado a explicação da vida que vence a morte: «Vejo uma cruz. / Um homem. / Uma túnica rasgada. / Uma coroa de espinhos. / Um rosto com sangue pisado. / O suplício das mãos amarradas ao madeiro.» (Editora: Labirinto, Capa: Manuel Fazenda Lourenço, Prefácio: Isabel Mendes Ferreira, Posfácio: Alice Macedo Campos) --
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por José do Carmo Francisco às 09:22
Sexta-feira, 01.08.14
«Ser conhecido não é o mesmo que ser importante, nós aqui fazemos simples notas de leitura mas só o tempo pode distinguir o pó da posteridade». Mais palavra menos palavra, foi esta a recomendação que Jacinto Baptista me fez em Agosto de 1978 no velho «Diário Popular». Hoje como ontem existem muitos equívocos na História da Literatura Portuguesa. Há cem anos Augusto Gil era mais conhecido do que Camilo Pessanha tal como tempos antes Pinheiro Chaga era mais popular do que Eça de Queirós enquanto, por outro lado, Cláudio Nunes era muitos mais divulgado pelos jornais da sua época do que Cesário Verde. Por todas as razões e mais uma («somos um país pequeno, toda a gente se conhece») é um risco muito grande a elaboração de uma lista deste tipo mas se os leitores perceberem que se trata apenas de uma lista pessoal, tudo se torna mais simples. No meu caso é ainda mais pessoal pois o meu percurso nas Letras é um pouco atípico. Em primeiro lugar porque não passei pelos bancos da Universidade, os meus bancos eram outros e à hora de almoço na velha Parceria A. M. Pereira conheci autores como Romeu Correia, José Palla e Carmo, Natália Correia, Ruben A. e Luiz Pacheco. As coisas aconteciam de modo informal, havia em 1966 Suplementos Culturais nos diversos jornais vespertinos e matutinos, tornei-me assinante da Seara Nova, cujo director-adjunto era o meu colega Vasco Martins. Uma descoberta espantosa foi o romance A Torre da Barbela de Ruben A. com um prefácio/ensaio de José Palla e Carmo. As Páginas V, as primeiras que li, foram um abalo sísmico para quem vinha de uma Escola Comercial e conhecia apenas os escritores dos livros obrigatórios. Ruben A. não vinha na Antologia oficial mas só muito tempo depois soube porquê. Pois um dos livros que poderia ter entrado nesta lista é a Obra Ântuma de José Palla e Carmo mas a sua data é de 1986. Para quem não se esquece do refinado humor das suas crónicas no Jornal de Letras com o nome civil de José Sesinando, pode fazer uma ideia do conteúdo deste livro que, apesar de tudo, não entra na lista. Outro livro que poderia ter entrado é o Vida e morte dos Santiagos de Mário Ventura mas é do ano de 1985. Vinha a calhar um livro que é uma revisitação da História no sentido total do termo: a vida de uma família dentro da vida de uma província portuguesa – o Alentejo. Entre o universo pessoal e o espaço político, o herói é a própria terra que salta dos mapas e suja de pó as botas dos homens. Poderia falar de Nenhum olhar de José Luís Peixoto que pisa os mesmos terrenos (Planície) de Levantado do chão de José Saramago mas os heróis do segundo voltam à vida depois da morte enquanto os do primeiro voltam à morte depois da vida. Sem esquecer Os putos-contos escolhidos de Altino do Tojal numa edição de 2009 da Bonecos Rebeldes mas trata-se de uma reedição com uma selecção do autor, daí ter sido colocada fora do inventário. Já o mais recente livro de poemas de Liberto Cruz tem o problema de ser uma edição de 2012, por isso não pode integrar a lista. Ernesto Rodrigues e Fernando Venâncio são autores das excelentes antologias Crónica Jornalística do século XIX e XX, respectivamente, uma de 2003 e outra de 2004 e também poderiam ter entrado na lista mas já não havia lugar. Tal como não houve para Orlando Neves (Parábola da inocência) de 2002 da Editora Notícias e Fernando Grade, a festejar 50 anos de vida literária em 2012, com Poemas de Natal (2005) da Editora Mic. Nem lugar para livros de autores tão diversos como João Camilo, Alexandre O´Neill, António Osório, Maria Velho da Costa, Manuel Tiago, Vergílio Alberto Vieira, Maria Ondina Braga, Nuno Júdice, Helder Macedo, Teresa Horta, Manuel Frias Martins, Francisco Bugalho, Joana Ruas, José Saramago, Valter Hugo Mãe, Maria Alzira Seixo, Emanuel Félix ou Teolinda Gersão. Uma lista como esta pode dar origem a outra lista e assim sucessivamente. Mas não vale a pena prolongar a discussão. O que está feito está feito, tudo nas escolhas é absolutamente relativo e daqui a 25 anos outras listas com outros nomes surgirão nesta ou noutra Revista. A vida é um mistério, não um negócio. Se fosse um negócio os ricos compravam a saúde e morriam mais tarde que os outros. E quem diz saúde diz talento para escrever – que não é coisa que se compre na vida de todos os dias. E ainda bem. --
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por José do Carmo Francisco às 11:59
Sexta-feira, 01.08.14
Lista 25 livros de 1987-2011 Já não gosto de chocolates Álamo Oliveira, Salamandra, 1999 A cidade do homem Amadeu Lopes Sabino, Sextante, 2010 Matar a imagem Ana Teresa Pereira, Caminho, 1989 Exortação aos crocodilos António Lobo Antunes, Dom Quixote, 1999 Lisboas Armando Silva Carvalho, Quetzal, 2000 Ilha grande fechada Daniel de Sá, Salamandra, 1992 Obra poética – 1948/1988 David Mourão-Ferreira, Presença, 1988 Os meus sentimentos Dulce Maria Cardoso, ASA, 2005 Trabalhos e paixões de Benito Prada Fernando Assis Pacheco, ASA, 1993 Tendências dominantes da Poesia Portuguesa da Década de 50 Fernando J.B. Martinho, Colibri, 1996 Contos, fábulas e outras ficções (org. Zetho Gonçalves) Fernando Pessoa, Bonecos Rebeldes, 2008 A cova do lagarto Filomena Marona Beja, Sextante, 2007 Longe de Manaus Francisco José Viegas, ASA, 2005 O último cais Helena Marques, Dom Quixote, 1992 Lillias Fraser Hélia Correia, Relógio d´Água, 2001 Gente feliz com lágrimas João de Melo, Dom Quixote, 1988 Vou-me embora de mim Joaquim Pessoa, Hugin, 2000 De Profundis, Valsa Lenta José Cardoso Pires, Círculo de Leitores, 1998 O cemitério de Pianos José Luís Peixoto, Bertrand, 2006 De mãos no fogo, Júlio Conrado, Notícias, 2001 O vale da paixão Lídia Jorge, Dom Quixote, 1998 Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto Mário de Carvalho, Caminho, 1995 Os objectos inquietantes Nicolau Saião, Caminho, 1992 Domínio Público Paulo Castilho, Dom Quixote, 2011 O livro do sapateiro Pedro Tamen, Dom Quixote 2011 --
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por José do Carmo Francisco às 11:48