Obrigado, Francisco, pela referência e pelo testemunho recordando as coisas lindas de uma cidade sem igual. As contingências da vida, muito velho para trabalhar, mas novo ainda para a reforma, decretaram a minha forma de estar na música nos dias de hoje. Também conheci, embora por pouco tempo, essa Lisboa dos anos 60, onde aterrei em 1964 e pela qual me enamorei. Revejo aqui todas as velhas recordações e enterneço-me ao ler este artigo. Lembro-me de, naquela altura, conhecer apenas dois semáforos na cidade situados no cimo da Avenida da Liberdade, não longe do Marquês de Pombal. Era uma Lisboa viva, com alma, com emoções onde se respirava o gosto de viver. Por isso, quando o meu pai, chegou para me levar para terras gaulesas, sufocou-se-me o coração e, na primeira oportunidade, como o filho pródigo à casa regressei.
Diz-se que a nossa Lisboa é a cidade mais cantada do mundo. Pelo meu lado também dei o meu modesto contributo, compondo dois temas: um ainda inédito "Lisboa, Sonho, Amor e Ternura" e um outro "Lisboa Princesa do Mar" que faz parte do meu álbum "Cantos do Meu Fado". E, "até que a voz me doa", continuarei...